sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Lua obtida da Terra

Trinta e três anos após o homem pousar na Lua, foi registrada a mais nítida imagem da superfície lunar obtida da Terra na faixa infravermelha do espectro. A foto retrata uma área localizada na beira interna de uma cratera de 56 km de diâmetro, a Taruntius, cujas paredes, já gastas pela erosão, podem ser vistas no canto superior direito da imagem. A foto foi captada por uma lente especial instalada no telescópio Yepun de 8,2 metros de diâmetro do Very Large Telescope, que pertence ao European Southern Observatory. O telescópio fica no monte Paranal, no deserto do Atacama, Chile.
A imagem abrange uma área de cerca de 60 x 45 km², na face da Lua sempre voltada para a Terra. É possível ver na parte superior da foto uma enorme cratera de 10 km de diâmetro -- a Cameron. Além dela, há várias outras pequenas crateras e algumas montanhas. A fissura que corta a foto do centro até a margem direita é uma depressão de 50 km de extensão, uma formação que recebe o nome de rima.
A imagem tem a mesma nitidez que a visão de um astronauta a 400 km da superfície da Lua. Na hora da foto, o Sol encontrava-se a uma altura de cerca de 7 graus acima do horizonte oeste lunar, à esquerda. Por isso, as montanhas apresentam sombras enormes, que medem cerca de 8 vezes sua altura.

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